sexta-feira, 15 de maio de 2015

Entrevista a Rui Sinel de Cordes - Comunicação Criativa

1Rui Sinel de Cordes um conhecido humorista português partilha a sua paixão pela sua área, revela também os seus próximos projetos para que os possam seguir.



1      Na sua experiência profissional, tanto na televisão como no teatro qual foi o trabalho que mais gostou de desenvolver?

Não consigo escolher e é quase uma injustiça fazê-lo. Gostei muito de fazer o Gente da Minha Terra, bem como todos os espectáculos de stand-up comedy que já fiz, mas é normal estarmos mais apaixonados pelo que estamos a fazer no momento. Sendo injusto, diria que o programa que estou agora a gravar para a SIC Radical – o Very Typical – é das melhores coisas que já fiz.


22     A comédia foi sempre a sua predileção?

Não sei fazer outra coisa.

33     É licenciado em Ciências da Comunicação, que conselhos daria aos alunos de comunicação espalhados por todo o país?

Diria para reterem a máxima informação apenas das matérias que sentem que vos vão ser úteis no desempenho da actividade profissional que realmente querem seguir. Para não se preocuparem com as notas nem com as opiniões que os professores têm de vocês – isso não interessa para nada. Ou seja, temos de passar as cadeiras, mas um 11 ou um 20, no Mundo real, é exactamente a mesma coisa. Uma licenciatura não define ninguém, nem muito menos o que somos aos 20, 21, 22 anos reflete alguma coisa do que vamos ser aos 30 ou 40. E se sentirem que o vosso talento existe numa outra área, sigam esse caminho e desistam do curso. Eu nunca usei a minha licenciatura para nada e tenho pena de não ter passado aqueles quatro anos a viajar mais, a formar-me melhor no humor, enfim, a viver melhor.

44     Como comediante português o que pensa dos jovens talentos da comédia nos dias de hoje?

Penso que são cada vez mais e melhores. Felizmente conheço muito e sou amigo de outros tantos, até porque muitos deles passaram pelos meus workshops, e, posso afirmar que esta nova geração tem tudo para ser a melhor de sempre no humor português.




55      Como alia a escrita criativa à escrita humorística?

São a mesma coisa, praticamente. A minha escrita criativa é quase exclusivamente humorística.



66      O humor de crítica social foi um tipo de humor utilizado por si, acha que nos tempos que correm onde cada vez mais existe precariedade o humor de crítica social pode ser uma arma se bem utilizada?

Sim, mas isso sempre se fez, nomeadamente em stand-up comedy. A verdadeira base dos pioneiros da stand-up comedy nos Estados Unidos e Reino Unido é a crítica social e política. Utilizá-la bem é uma das grandes responsabilidades de um bom humorista.

77      Tem algum projeto a curto/longo prazo que nos possa revelar?


Já falei do Very Typical, o meu próximo programa na SIC Radical. Estou a terminar um livro que vai ser lançado pela LEYA ainda este ano e a escrever o meu 4º solo de stand-up comedy que vai estrear em Outubro. E mais coisas, muitas mais!

Um obrigado muito especial ao Rui pela sua partilha e pelo seu tempo!

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Entrevista a Pedro Chagas Freitas - Comunicação Literária

1  Pedro Chagas Freitas escritor, representa a escrita criativa, uma maneira de escrever diferente, em que cada palavra parece encaixar na perfeição seja em que situação for. Um amante da escrita e sobretudo da expressão, lançou o livro " Prometo falhar ", até à data um sucesso, principalmente no público feminino.







          1 - Como começou o seu interesse por escrever “em forma” de blog?

Nunca escrevi em forma de blogue. Escrevi sempre as minhas obras – e depois, sim, iniciei a sua partilha, em fragmentos. Primeiro no meu blogue pessoal e posteriormente através do Facebook. Creio que a Internet é um meio de divulgação fundamental para qualquer artista – e quis, desde o começo, explorar esse meio.

    2 -  No seu livro “Prometo Falhar”, podemos afirmar a presença de uma certa dor e também tristeza em alguns dos textos, pode revelar se algo tem a ver com a sua experiência pessoal?

Escrevo sempre o que me apetece e o que sinto que a personagem que visto naquele momento está a sentir. Só assim faz sentido. Sofro com cada uma das personagens, fico feliz com cada uma delas. É um processo tremendo mas de uma felicidade indescritível. Só quando o autor sente o que a personagem sente é que a escrita está a sair de onde tem de sair. Se assim não for é algo artificial e o leitor sente essa artificialidade.

   3 -  Porque decidiu escrever, de uma forma geral, para um público maioritariamente feminino?

Não escrevo para nenhum público em concreto. Escrevo o que me apetece. Sempre. É natural que tenha mais mulheres como minhas leitoras mulheres são, esmagadoramente, as principais consumidoras de obras de ficção, de romances, sobretudo. Mas o que eu escrevo não tem destinatário. É o que me apetece: visitar as artérias de cada Eu, estar lá, viver a realidade, vê-la à lupa. É isso o que me fascina.

4   4 -  Como experiente na área de escrita em blog, qual seria o melhor conselho que daria, neste caso, aos “novos” escritores?

Não sou experiente em escrita para blogue, como referi acima mas o que posso dizer é muito simples: escrevam. Escrevam sempre. E depois vão à procura dos leitores. Um a um. Sem medo. Não se preocupem tanto com editoras. Preocupem-se mais com leitores. Se tiverem leitores não faltarão editoras interessadas no vosso trabalho. 

5   5 -  Sempre foi o seu sonho ser escritor?

Não foi nem é não sou um escritor. Sou um gajo que escreve cenas. Só isso. Escrever sempre esteve presente na minha vida. Não como um sonho mas como uma necessidade. Ainda é assim: escrevo porque tenho de escrever. Porque, sem escrever, não sou o mesmo. Não me identifico comigo sem escrever.

 6 - A sua escrita tem uma fluidez fascinante, em que o leitor quer ler cada vez mais e não consegue parar, essa forma de escrever foi treinada ou podemos assumir que é algo inato que apenas lhe sai naturalmente?

O segredo para se escrever melhor não é segredo nenhum: ler muito, escrever muito e comparar muito. É assim que se evolui. Lendo os outros textos, escrevendo os nossos e comparando-os. Nunca replicando, nunca copiando. Apenas procurando a nossa voz.

7    7 -  Pode revelar algum projeto num futuro a curto/médio prazo que nos possa falar?


Terei em breve o lançamento da minha próxima obra literária e outras surpresas ainda este ano. Fiquem atentos. 


Um agradecimento enorme ao Sr. Pedro Chagas Freitas pela sua disponibilidade e pela sua ajuda neste projeto! 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Coisas que os Alunos Universitários dizem - Comunicação No ensino Superior

O ser humano conhecido como Aluno Universitário é uma pessoa sem dúvida especial, com as suas manias, com o seu jeito, mas a realidade é que passa por milhões de fases. Dizem ser os melhores anos da vida de uma pessoa. A altura que se entra no Ensino Superior! Estas são algumas frases que os caracterizam! Algumas mais usadas que outras, mas a verdade é que geralmente todas são proferidas por eles/as.





Amanhã vou estudar a tarde toda ! - Quando o aluno pensa que tem planos de estudo para o dia a seguir, mas no final de contas passa a tarde num café ou, se ficar em casa, passa todo o tempo no Facebook ou a ver filmes online.

Facebook - Alguém tem apontamentos de determinada disciplina? - Quando ,nas aulas, o aluno não tira apontamentos mas procura quem os tirou, ficando assim com resumos facilmente, ou não!

Acabas o curso este ano? - Aquela pergunta que se faz a quem já está na faculdade há mais tempo do que devia, geralmente embaraça a quem isto é perguntado, mas a resposta é quase sempre a mesma, sobretudo a "não sei" ou então a favorita "eu gostava, mas não sei".

Não sei como mas passei a determinada disciplina ! - Quando o aluno passa a uma disciplina sem saber como. Escreveu palha e mais palha no teste e, mesmo assim, o professor deve ter ficado cansado de ler e lá lhe deu o 10.

Pessoal festa em casa de "nome de alguém" - Quem mora sozinho e o mais perto possível da faculdade, é o "Cristo", independentemente de ser ele próprio ou outra pessoa a sugerir, a festa vai ser sempre em sua casa, mesmo sem ele saber de nada.

Estudaste para o teste? - Aqui existem duas opções: ou o aluno que perguntou estudou mesmo e quer saber se o que estudou foi suficiente ou então quer saber se alguém tal como ele/a, não estudou quer sentir-se melhor e pensa, " Ao menos não sou o único. "

Que horas são? - Aquela altura em que a aula está a ser secante e o aluno pergunta que horas são ou simplesmente olha para o relógio vezes sem conta e lhe parece que o tempo nunca mais passa.

Naquele dia há festa! -  Não interessa que festa é, o que interessa é que é dia de sair , é combinar um lugar para o pessoal se encontrar e irem todos juntos o resto não importa.

Quando é o teste/trabalho de determinada disciplina? - Cerca de 90% dos alunos universitários não sabe de todos os testes/trabalhos que tem de fazer/entregar, pensa que se vai lembrar ,na altura, de tudo , mas tal não acontece. Inteligentes são aqueles que apontam tudo numa agenda, e o telemóvel, muitas vezes, não é opção, os alunos têm mil e uma coisas no telemóvel e nem se vão lembrar, sequer, onde apontaram.

Este professor é porreiro a dar notas? -  O momento em que o aluno quer saber se é fácil passar à cadeira, se o professor for simpático ou, no caso de não o ser, traçar um plano para cair nas suas boas graças.

Qual é o preço do bilhete da queima? Pergunta básica. O aluno universitário tem de fazer contas à vida e saber quanto dinheiro é que tem de juntar, ou pedir aos pais, para ir à queima. É tudo uma questão de organização e, ao mesmo tempo, gestão. Afinal, as cadeiras de gestão na faculdade sempre são úteis.

Qual é o cartaz da queima? - Pergunta mais que certa. Todos os alunos universitários esperam pela semana da queima. Querem saber se têm que chegar mais cedo ao recinto para ver o concerto ou se preferem divagar e andar de barraquinha em barraquinha. Claro que a partir das 2 da manhã, andar é um eufemismo. Há estradas de montanhas com menos curvas do que aquelas que o estudante faz em 50 metros...


Que se lixe vai por final ! - Aquele momento em que o aluno percebe que já não tem hipótese de passar a alguma cadeira ou então simplesmente não quer ir ás aulas.

Este semestre vou fazer tudo por continua ! - Quando o aluno percebe que o último semestre foi para esquecer e quer mudar de rumo. Esta fase só dura 1 semana.


O tempo passa a voar, por isso, aproveita-o, vive-o e guarda os melhores momentos!



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Entrevista a Sónia Coelho - Comunicação Humana

Sónia Coelho, especialista em Comunicação Humana, a sua empresa é a +expressão, lida com todo o tipo de pessoas de forma a treina-las a ter uma melhor postura e maior presença na sua própria vida, de certa forma "dá vida" a alguns aspectos escondidos.






1 – Como começou o seu interesse na área de Comunicação Humana?

De forma mais incisiva com a minha formação em Terapia da fala e de seguida com o mestrado na mesma área, no Brasil. É uma área ampla, diferente do que as pessoas pensam. Não lidamos somente com perturbações ou patologias da fala. Lidamos com a Comunicação como um todo, por meio da linguagem, da fala, da voz, da face e dos gestos, enfim, do corpo todo. Exatamente por ser transdisciplinar e envolver aspetos das áreas das ciências médicas e humanas e, que têm a ver com a minha própria formação e história de vida, é que encontrei na comunicação, a minha realização. Sou apaixonada pela voz e pelo mistério da linguagem corporal. Amo comunicar e ver o outro sentir o que diz e dizer o que sente!

2 – Pensa que a comunicação humana ainda é menosprezada na sociedade portuguesa?

Não digo menosprezada, mas pouco divulgada, valorizada e conhecida. As pessoas não se dão conta de algo que é natural, mas que pode causar impactos variados, seja pela positiva como pela negativa. Considerando que mais de 80% da comunicação é não verbal, isto é, compreendida pelas nuances da voz e do corpo, dominar esses aspetos é fundamental para qualquer pessoa que faça uso da comunicação e o queira fazer de forma eficaz, seja no âmbito pessoal, como profissional. Não é possível, não comunicar e isso tudo faz parte do processo. Há muito mais além da palavra: simbolismos e significados, presentes também na voz e no corpo e, que juntos devem ser coerentes com as nossas ideias e sentimentos.

3 – Na sua área é possível conhecer todo o tipo de pessoas, é necessário conhecer primeiro a pessoa para a treinar a nível de Comunicacional?

Certamente que ao avaliar e fazer um diagnóstico, obtemos perfis e outras informações imprescindíveis para o trabalho: contexto, necessidades, saúde, profissão, estilo de vida, personalidade, etc. Estabelecem-se metas por meio de um plano de trabalho com base científica: sensibilização, consciencialização, perceção, treino e automatização e, o trabalho com comportamentos e hábitos. Além de mostrar o que está bom e menos bom, trabalha-se o como, isto é, o que pode ser feito para melhorar, tornando a comunicação mais expressiva. Existem métodos, técnicas, exercícios, que só um especialista com formação sólida é capaz de auxiliar, mas é preciso conhecê-los e esse é o diferencial. Não basta dizer, é necessário trabalhar e propiciar resultados visíveis e audíveis.

4 – Quais são as suas espectativas a nível profissional a curto e longo prazo?

A curto prazo pretendo divulgar esse trabalho por meio de seminários e workshops para despertar nas pessoas a sua importância e desmistificar preconceitos nessa área. A longo prazo quero continuar a realizar a consultoria, a assessoria e as formações e, que as pessoas estejam mais interessadas pela sua importância, pois existe resultados com credibilidade científica na área. Gostava que nas faculdades fosse implementada uma cadeira nessa área ou ao menos cursos de extensão, como ocorre no Brasil, pois a competência comunicacional é uma das competências exigidas e cada vez mais requisitada atualmente. Eu acredito nas pessoas, pois o meu trabalho é para elas. Sei que posso ajudá-las em algo que é próprio do ser humano: Comunicar. Porque o pior que pode acontecer para um ser humano é não poder comunicar. Amo o que faço e tento a cada dia ser mais aplicada nisso, pois é um dever para com o outro. O conhecimento não tem sentido se não for partilhado e senão servir para o bem do outro. O que eu espero? Sinceramente, eu espero ver o sorriso na face das pessoas e ouvir uma voz de alegria. É isso que me faz feliz, é essa a minha missão e da minha empresa, +expressão by Sonia Coelho.

5 – Qual é a sua opinião sobre o facto de que hoje em dia muita gente utiliza as técnicas de comunicação para fins menos corretos?

Isso é como tudo e posso dar exemplos: o problema não são as redes sociais, mas o uso que se faz delas. Eu também posso ter um carro, mas posso transformá-lo em uma arma. Não trabalho o caráter, a índole ou a personalidade das pessoas, mas a estética da comunicação. O que cada um faz com o conhecimento que adquire é da sua própria responsabilidade. Ética profissional é tudo em qualquer profissão e para mim é fulcral.

6 – No seu dia-a-dia, dá por si a avaliar o movimento das pessoas com que lida no seu quotidiano?

Se eu fizesse isso, enlouqueceria. Óbvio que o que é latente todos nós somos capazes de observar, mas a ética profissional é algo que norteia o meu trabalho e estar em ambiente profissional é diferente, do informal. Na verdade, eu busco e permito que aflore o melhor que a pessoa possui, preservando a sua identidade. A espontaneidade e a naturalidade devem sempre sobressair. O meu papel não é “mecanizar” pessoas, mas se existem barreiras que possam causar ruídos na comunicação, eu auxilio na sua perceção e ajuste para excelência. Por exemplo, um gesto repetitivo ou incoerente, um tique, um vício da linguagem, uma voz pouco enfática ou com uma ressonância desajustada (voz nasalizada), são aspetos que podem ser trabalhados. A comunicação é um via de mão dupla e o resultado final é o outro, para quem comunicamos. Por isso devemos buscar uma comunicação eficaz, assertiva e credível.

7 – Onde podemos encontrar a Sónia caso queiramos ser treinados por si?  

Como disse o trabalho é mais amplo, o treino é só uma parte. Estou no Porto, mas tenho gabinete também em Lisboa. Por meio do site da minha empresa +expressão by Sonia Coelho (www.maisexpressao.info), tenho contactos de e-mail e telefone, onde as pessoas podem me encontrar.

Um agradecimento especial à Sónia Coelho pelo tempo disponibilizado e pela sua generosidade em ceder todo o seu talento e conhecimento!





sexta-feira, 3 de abril de 2015

Entrevista a Hugo Sousa - Comunicação na Comédia

Hugo Sousa é comediante, um português conhecido por muitos como excêntrico e diferente, utiliza os vários tipos de comédia, como por exemplo, a critica social e a auto-critica. Utiliza as redes sociais como uma reaproximação do seu público, fazendo alguns vídeos mesmo a partir do seu telemóvel ou outros já mais elaborados. Marca presença em alguns programas de humor onde deixa sempre a sua marca, um comediante a seguir e sem dúvida a aprender.








1 – No seu percurso como comediante o que pensa da comédia atual em Portugal?

Estamos a viver um período interessante em que há uma grande procura de comédia por parte do público (tanto dos espetáculos ao vivo como na internet) mas há muita pouca oferta na televisão. Nos 4 canais não há programas de humor e quanto à cabo, salvam-se a Sic Radical, o canal Q e pouco mais. Numa época em que há dezenas de comediantes com sucesso e um grande número de seguidores é estranho não haver uma aposta por parte das direções de programas neste género. A única justificação que encontro é alguns diretores de programas terem medo de apostar no humor e serem mariquinhas (e com este comentário acabei com a minha carreira).

2 – Quem era/é o seu Ídolo?

Tenho muitos ídolos/referencias na comédia.
Estrangeiros: Eddie Murphy, Richard Pryor, Jerry Seinfeld, Jim Jefferies, Louis CK, Bill Cosby (violações à parte), Eddie Izzard, entre outros. É impossível limitar a meia dúzia de nomes.
 Portugueses: Uma mão cheia mas não vou dizer os nomes porque senão os outros ficam chateados comigo.

3 – Que tipo de comédia mais gosta de trabalhar?

A comédia stand-up claro! Mas também  gosto muito do formato de sketches e de vídeos caseiros que ponho no Facebook e YouTube.

4 – Como se comunica através da comédia?

A comédia é uma fantástica forma de comunicação. É uma comunicação fora da caixa que tem um poder inigualável. Consegue abanar temas tabu de uma forma única. E um pormenor importante: muitas vezes uma piada é confundida com a opinião/convicção do humorista e pode não o ser de todo. Para o humorista é simplesmente uma piada, pode refletir a sua opinião ou não. 

5 – A crítica á sociedade sempre foi um dos motivos pelos quais fez rir os seus seguidores, tem algum projeto preparado para o Futuro?

O meu principal projeto é trabalhar os meios que estão ao meu alcance e que só dependem de mim, ou seja, os espetáculos ao vivo e redes sociais. Quanto ao resto vamos indo e vamos vendo.

6 – Sendo o seu principal objetivo fazer rir as pessoas, qual é a maior entrave ao sucesso desse mesmo trabalho?

O que é mais difícil é sempre a parte mais básica da coisa que é escrever piadas e criar humor. É o que dá mais trabalho e que obriga o humorista a sofrer. Se o objetivo de fazer piadas boas for alcançado o resto aparece de forma natural.

7 – Sempre soube que queria ser comediante?


Não porque quando era pequeno só o Herman e mais 2 ou 3 é que viviam do humor. Era uma hipótese que nem sequer estava em cima da mesa mas sempre fiquei fascinado com a arte de fazer rir. Lembro-me, com os meus 7, 8 anos de me rir com uma piada e depois ficar a pensar no porquê de me rir com aquilo. Pode-se dizer que tentei fazer uma análise relativamente aprofundada à piada e à reação que provocou em mim. Foi a primeira vez que vi o meu lado neurótico a trabalhar. A segunda foi na adolescência quando vi as mamas da Sabrina na tv.


Um agradecimento ao Hugo Sousa pela sua disponibilidade em responder a todas estas perguntas!

Deixo também a sua página para seguirem o seu trabalho 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Entrevista a Pedro Fernandes - Comunicação na Moda


 Pedro Fernandes, é modelo na empresa Blast, Natural dos Açores e com orgulho, luta e avança na sua carreira, com garra e atitude.

 Trabalha em paralelo no mundo da música onde cada vez mais tem vindo a ganhar relevo. Amante da arte, não deixa que as tendências o ditem a ele mas sim faz com que ele seja a tendência. Além de amigo considero-o experiente na área da Comunicação na Moda.









1 – No teu percurso na Moda qual foi a maior lição que já aprendeste?

A maior lição que posso tirar, é que é um Mundo onde tem de haver uma luta enorme, não baixar a cabeça, ter força e energia positiva, manter a mente sã, o corpo em forma, possuir uma personalidade alegre, humilde e definida e levar atitude para bater na 11ª porta. Aprender com um "não" num Casting e ir à procura do "sim" no próximo. Faz parte e estamos na luta! 

2 – Como começou a tua carreira como modelo?

Numa pequena ironia do destino (risos.) Tinha acabado de chegar a Londres, trabalhava nessa época somente como modelo freelancer e com alguma sorte, uma diretora de uma agência em Portugal viu alguns dos meus trabalhos fotográficos através de uma rede social e convidou-me para fazer parte da sua agência, que agora tem o nome de Blast Agency e tem uma sede em Lisboa e outra no Porto. Às vezes penso que foi só pôr os pés noutro País, para alguém reparar em mim. E apesar de vir dos Açores e haver lá escassas oportunidades para uma evolução significativa nessa área, nunca fui valorizado. Obrigado a Deus e a quem acredita em mim e no meu trabalho.

3 – É muito difícil entrar no mundo da Moda?

Julgo que o mais difícil não seja entrar no mundo da moda e óbvio que também não é uma passerelle onde só começas a desfilar ou pousas 30 segundos e já estás no meio. Mas claro, que uns têm mais perfil e uma maior facilidade de entrada do que outros. Pela pouca experiência que tenho, posso concluir que o mais difícil é manter uma carreira sólida, evolutiva e não estagnar pelo caminho.

4 – Qual é o teu maior sonho dentro deste tema?

Sem dúvida alguma, ter uma carreira internacional e ser representado em NY, Paris, Londres e Milão e ser a cara de marcas como: Dolce & Gabanna, Ralph Lauren, Calvin Klein, Tom Ford.

5 – Comunicação e Moda estão interligados, visto que numa imagem tens de conseguir através das tuas expressões passar uma mensagem ao público, como funciona este processo?

Atitude, naturalidade e interpretação de uma personagem.

6 – Tens algum tipo de técnica para cada mensagem que queres passar (Sensualidade, Poder, Medo, Felicidade, etc) ?

Um escritor ou um poeta transmite o que lhe vai na alma. É igual, são expressões. É um processo de representação, onde interpretas um pequeno papel consoante o tipo de mensagem que é necessário transmitir. No fim das contas, estás a ser um ator ou atriz.

7 – Podes revelar algum projeto para o teu futuro?


Não. Por enquanto fica no segredo dos deuses. Mas posso adiantar que estou a trabalhar arduamente para atingir todos os meus sonhos nessa área. Fiquem atentos.

Um agradecimento muito especial ao Pedro Fernandes por partilhar a sua experiência connosco! 





sábado, 28 de março de 2015

Tipos de Comunicação numa Relação

Comunicação numa Relação, um tema que muita gente conhece, algo que gera discussão entre Homens e Mulheres, uma espécie de Guerra dos Sexos. Na verdade tanto um como o outro pensam sempre que têm razão em tudo o que dizem e/ou fazem.



Vou agora dar alguns exemplos que com toda a certeza muitos vão achar familiar:

O revirar dos olhos, algo mais utilizado pela mulher, o seu significado é óbvio, entre eles estão: desaprovação, a típica frase "A sério que estás a dizer/fazer isso?" e por último desinteresse.

O abanar a cabeça de um lado para o outro, desta vez utilizado pelo homem que exprime: desaprovação, a frase "Não faças isso!" e também "Não me acredito nisto"

A falsa afirmação, utilizada por ambos os sexos,tanto a mulher como o homem utilizam-na dizendo o contrário do que o que realmente querem dizer.

Exemplo das mulheres:

Sim = Não

Vai embora = Se fores embora vai ser pior para ti

Não se passa nada = Passa-se tudo tu é que não vês

Não estou chateada = Estou furiosa

Vou só comprar um vestido =  Vou passar horas a ver todas as lojas

5 minutos e desço = Vais esperar o tempo que for preciso

Exemplo dos homens:

Já vou = Vou demorar

Eu depois arrumo isso = Não vou arrumar, vou esperar que te fartes e arrumes

Não te preocupes eu sei onde estou = Não faço a mínima onde estamos

Vai haver uma festa na sexta = Posso ir?

Eu sabia isso = Não sabia mas agora já sei

Não tenho ciumes = Se tivesse uma caçadeira matava alguém



As perguntas sem fim, algo que o homem faz, maioritariamente das vezes para saber que presente dar em determinada altura, mil e uma perguntas são feitas até que numa delas a mulher realmente diz o que quer, só para não ouvir mais o homem falar. Mas por dentro pensa "Já devias de me conhecer melhor"

A conversa enrolada, toda a gente já assistiu a este fenómeno utilizado pela mulher, quando a conversa anda sempre à volta do mesmo assunto, apenas com um propósito, lançar uma má noticia, o objectivo da mulher neste caso é cansar o cérebro do homem para que no fim a noticia não pareça assim tão má quanto isso.

A risada mutua, este é um bom sinal numa relação, quando algo à acontece e automaticamente olham nos olhos um do outro e se solta aquela gargalhada, vindo do fundo de cada um deles, não é necessário sequer falarem, parece telepatia, e depois de rirem do sucedido ainda riem por terem rido ao mesmo tempo.

Tanto o homem como a mulher são seres diferente, mas que no fim não vivem um sem o outro, cada um tem as suas manias, a sua maneira de ser, cabe a cada um de nós aceitar as diferenças e saber viver com elas. Ninguém é perfeito sozinho, mas pode ser completado pela sua alma gémea!

Comentem, dêem a vossa opinião sobre este assunto e adicionem mais factos relevantes e engraçados que vivem no dia-a-dia, até mesmo episódios da vossa vida!








segunda-feira, 23 de março de 2015

Entrevista a Jorge Freitas


Jorge Freitas é um comunicador nato, Formador de comunicação ,Força motivacional e Treino de alta performance em comunicação.
Licenciado em Ciências da comunicação, várias especializações em Comunicação e Protocolo. Entre muitas outras qualidades e experiências, Jorge Freitas utiliza os canais de comunicação para treinar políticos, apresentadores entre outros.

Presenciei uma das suas palestras e fiquei maravilhado com a expressividade e tema que abordou, deste modo decidi entrevista-lo para conhecer um pouco mais sobre o seu trabalho e opinião. 

O seu último livro de seu nome "Onde está o seu carisma?" tem esgotado , aproveitem, comprem e leiam o livro, cada ensinamento é uma mais valia para cada um de nós na nossa vida!








O que o levou a estudar o Carisma?

Talvez esta palavra seja a mais difícil de definir no dicionário… eu trabalho com políticos há vários anos na área da assessoria de imagem e de comunicação principalmente em períodos de campanhas eleitorais. Sou muitas vezes confrontado com políticos não carismáticos e a dada altura tive necessidade de entrar por esse caminho. Descobrir como desenvolver carisma foi uma das minhas inquietações profissionais. É certo que é mais difícil provocar o desenvolver carisma nos outros do que provocar o desenvolvimento de técnicas de comunicação em público nos outros.

Na sua opinião, como define Carisma?

É um conjunto de magias… a magia da comunicação do nosso corpo, a magia de sermos quem somos e por fim a magia que cada um porta em termos de atracção.
A palavra carisma ao longo da história tem tido várias denotações e conotações também.  Hoje está já ultrapassada a ideia de que uma pessoa carismática era alguém tocada pelo divino, ora este pressuposto pouco democrático, foi abandonado, surgindo estudos que revelam claramente que qualquer pessoa tem a capacidade de desenvolver carisma, deixando assim de lado a ideia de que só alguns conseguiam tal característica.

Segundo a sua experiência profissional e humana pensa que o tema Carisma é pouco aproveitado ou mal trabalhado no nosso país?

Dada a sua subjectividade creio que realmente o tema não seja fácil de ser trabalhado pelos especialistas na área comportamental, mas a partir do momento em que se entra nos meandros do carisma, não mais se para no estudo e investigação, porque no fundo é o estudo mais puro do relacionamento humano e interpessoal. A história da humanidade é feita de carisma, o carisma dos líderes que influenciaram os outros, que convenceram multidões a seguir determinados caminhos. Em tempos mais remotos a importância que o carisma dos chefes tribais tinha nos destinos e decisões tomadas por uma determinada população. O carisma que génios humanos tinham em passar conhecimento e provocar sabedoria. O carisma de figuras históricas que moldaram todas a história da humanidade. O carisma de Júlio César, Jesus Cristo, Joana d´Arc, Napoleão, Hitler, Gandhi, Churchill, entre tantos outros, que motivaram pessoas, influenciaram comportamentos, no fundo deram rumo à história, uns por motivos menos nobres outros seguramente por causas que ainda hoje as defendemos. O carisma e a intrínseca capacidade de influenciar os outros são armas poderosíssimas de um timoneiro. Durante muito tempo uns apenas remavam e outros apenas lideravam, hoje a boa notícia, divulgada no meu livro, é que os que sempre remaram, também podem liderar e chegar a timoneiros.

O Carisma de uma pessoa pode ser identificado através da escrita?

Claro que sim, há discursos extraordinários que nos fazem reconhecer carisma através das palavras de quem as escreve. Os heterónimos de Fernando Pessoa tinham diferentes carismas uns dos outros. A escrita revela a alma e como tal está sujeita ao reconhecimento de carisma.
Através da escrita podemos chegar ao âmago do seu autor.

O Seu novo livro “Onde está o seu Carisma” tem “voado” das livrarias, pensa que isto é um sinal que as pessoas estão cada vez mais inseguras de si mesmas em relação a este assunto?

A humanidade sempre teve receios e inseguranças, faz parte da história, está na génese.
O ser humano julga que no nosso tempo é que as coisas são “mais” diferentes, do que no passado, mas daqui a 50 anos as inquietações da humanidade continuarão a existir. Os sentimentos e emoções serão exatamente as mesmas. Não estamos mais inquietos do que os nossos avós estavam há muitos anos. A insegurança nasce connosco no primeiro choro no nosso berço e vai acompanhar-nos toda a vida. Os factores ambientais, externos, políticos, sociais, tecnológicos é que vão mudando de figura.
O livro ajuda-nos a descobrir que podemos desenvolver carisma em qualquer fase da nossa vida mesmo quando nos sentimos mais seguros de nós próprios.

Pensa escrever outro livro brevemente sobre este ou outro assunto relacionado?

Sim já estou a trabalhar no meu terceiro livro, tendo como principal personagem o ser humano e a forma como este se relaciona com os outros e como o mundo. O estudo do comportamento humano é um autêntico labirinto, a partir do momento em que se entra nele, não se quer nunca encontrar a saída, apenas se desejam pistas… para a felicidade de se viver dentro do labirinto a vida toda.

Um agradecimento especial ao Senhor Jorge Freitas pelo tempo despendido para responder a todas estas questões!



domingo, 22 de março de 2015

Dez dicas para uma boa apresentação em público

Apresentar em público, para uns um tormento, para outros um atentado.
Tarefa árdua, nem sempre bem executada que leva ao embaraço e muitas vezes até à falta de auto-confiança.
Aqui veremos 10 dicas para que a sua apresentação, seja ela à frente de amigos , de colegas de turma ou mesmo até no seu emprego, seja um sucesso.

Dica nº 1 - Boa apresentação pessoal - O facto de se sentir bem consigo mesmo é mais um passo para agradar o público a quem se dirige, uma boa apresentação pessoal é a primeira coisa que o público vai ter em conta quando se defrontar consigo, daí sai a primeira impressão. Seja "vaidoso".

Dica nº 2 - Respiração e Dicção - Faça um discurso pausado, a respiração é muito importante neste aspecto fale no tempo certo, para que as suas palavras sejam entendidas por todas as pessoas. No caso de dizer alguma palavra incorrectamente brinque com a situação leve a situação naturalmente, afinal, errar é humano.

Dica nº 3 - À vontade - Discurse de forma tranquila, pense que está a falar com pessoas que são como o senhor/a, têm interesses e podem até ter uma maneira diferente de ver o assunto em relação a si.

Dica nº 4 - Gestos e Postura - Tente adoptar uma boa postura, uma postura não demasiado relaxada mas também não demasiado firme, é bom saber onde um começa e outra acaba. Gestos suaves de explicação para demonstrar movimento e pro-actividade.

Dica nº 5 - Vocabulário - Utilize um vocabulário cuidado, mas por outro lado simples para que todos possam entende-lo

Dica nº 6 - Público-Alvo - Conheça o público-alvo, saiba o que esperam de si e quais são as suas expectativas quanto ao seu discurso, surpreenda pela positiva, brinque com várias situações, Faça-os sentirem-se confortáveis, tal como o senhor/a gostaria.

Dica nº 7 - Presença - Faça-se sentir, não se fique só pela leitura do material acessório, fale com certeza, fale com confiança, passará a imagem de que sabe do que fala e que pensou no que está a falar.

Dica nº 8 - Conclusão - Faça uma conclusão, com uma frase-chave, uma frase que fique no ouvido, uma frase sua ou de alguém que seja marcante, a conclusão deve ser o culminar de toda a apresentação.

Dica nº 9 - Perguntas - Responda a todas as perguntas que lhe forem propostas, não seja demasiado assertivo, aceite a opinião dos outros, tente passar a sua opinião de forma calma, mas aceitando da mesma forma o pensamento dos outros, seja tolerante , por mais parvas que as perguntas pareçam, só mostra que as pessoas estão interessadas no que acabou de apresentar.

Dica nº 10 - Seja você mesmo - Seja sincero consigo mesmo não tente ser alguém que não é, a sua apresentação deve ser um reflexo do que é e não do que queria ser ou de alguém que pensou querer ser, as pessoas apercebem-se quando estão na presença de alguém verdadeiro ou não, não use máscaras, mostre realmente quem é passe os seus valores os seus pontos de vista.

Estas são algumas dicas para uma boa apresentação, alguns passos a dar, algumas estratégias, mas no fim quem decide como agir é o senhor/a, cada um tem a sua maneira de lidar com as coisas.

Cada um é como é e não deve ser julgado por tal!


quinta-feira, 19 de março de 2015

Comunicação no Desporto

Comunicar! O que é comunicar?
Comunicar é tudo à nossa volta, tudo comunica!
Todos os seres humanos comunicam entre si, seja através de gestos, da fala, expressões faciais ou mesmo até do silêncio.

A Comunicação no Desporto é uma combinação de todos estes tipos de comunicação, mas a comunicação não se pode fazer apenas por se fazer, é necessário saber conhecer o nosso público alvo , é necessário utilizar os meios necessários para um que o objectivo final , ou seja, a compreensão de alguém sobre aquilo que estamos a tentar comunicar. 

No desporto, o principal objectivo é vencer, com uma boa comunicação a vitória fica mais próxima, pois a compreensão é um passo em frente na execução.

Um treinador tem de ter em mente que tipo de jogadores tem ao seu dispor, as suas idades, o seu extracto social, as suas habilidades. Através disso pode avaliar cada elemento e perceber que mensagem tem de passar e como a passar. Será que a mensagem deve ser passada  numa reunião individual? Será que deve ser passada em grupo? Um treinador depara-se constantemente com estas perguntas, não é fácil , mas a verdade é que é possível.

Cabe a cada um conhecer os seus jogadores, tentar perceber como irão reagir, tentar prever o seu comportamento. É muito importante saber ouvir e avaliar, isso vai tornar o trabalho de comunicação muito mais fácil.

A comunicação no desporto não é apenas comunicação, é mais que isso, é uma relação, é uma partilha no balneário, muitos jogadores/as passam maioritariamente o tempo com a equipa, é uma segunda família para eles, é um local seguro onde errar é possível, onde o apoio é essencial, onde se fazem brincadeiras, onde o silêncio muitas vezes assola o balneário depois de uma derrota, mas no fim vivem-no junto, vivem com o sentimento à flor da pele, em grupo, como uma matilha que se defende em grupo, sofre em grupo e vence em grupo.

Comunicar, um pequeno esforço que pode trazer grandes vantagens se bem utilizado!