Hugo Sousa é comediante, um português conhecido por muitos como excêntrico e diferente, utiliza os vários tipos de comédia, como por exemplo, a critica social e a auto-critica. Utiliza as redes sociais como uma reaproximação do seu público, fazendo alguns vídeos mesmo a partir do seu telemóvel ou outros já mais elaborados. Marca presença em alguns programas de humor onde deixa sempre a sua marca, um comediante a seguir e sem dúvida a aprender.
1 – No seu percurso como comediante o que pensa da comédia
atual em Portugal?
Estamos a viver um período interessante em que há uma grande
procura de comédia por parte do público (tanto dos espetáculos ao vivo como na
internet) mas há muita pouca oferta na televisão. Nos 4 canais não há programas
de humor e quanto à cabo, salvam-se a Sic Radical, o canal Q e pouco mais. Numa
época em que há dezenas de comediantes com sucesso e um grande número de
seguidores é estranho não haver uma aposta por parte das direções de programas
neste género. A única justificação que encontro é alguns diretores de programas
terem medo de apostar no humor e serem mariquinhas (e com este comentário
acabei com a minha carreira).
2 – Quem era/é o seu Ídolo?
Tenho muitos ídolos/referencias na comédia.
Estrangeiros: Eddie Murphy, Richard Pryor, Jerry Seinfeld,
Jim Jefferies, Louis CK, Bill Cosby (violações à parte), Eddie Izzard, entre
outros. É impossível limitar a meia dúzia de nomes.
Portugueses: Uma mão
cheia mas não vou dizer os nomes porque senão os outros ficam chateados comigo.
3 – Que tipo de comédia mais gosta de trabalhar?
A comédia stand-up claro! Mas também gosto muito do formato de sketches e de
vídeos caseiros que ponho no Facebook e YouTube.
4 – Como se comunica através da comédia?
A comédia é uma fantástica forma de comunicação. É uma
comunicação fora da caixa que tem um poder inigualável. Consegue abanar temas tabu
de uma forma única. E um pormenor importante: muitas vezes uma piada é
confundida com a opinião/convicção do humorista e pode não o ser de todo. Para
o humorista é simplesmente uma piada, pode refletir a sua opinião ou não.
5 – A crítica á sociedade sempre foi um dos motivos pelos
quais fez rir os seus seguidores, tem algum projeto preparado para o Futuro?
O meu principal projeto é trabalhar os meios que estão ao
meu alcance e que só dependem de mim, ou seja, os espetáculos ao vivo e redes
sociais. Quanto ao resto vamos indo e vamos vendo.
6 – Sendo o seu principal objetivo fazer rir as pessoas,
qual é a maior entrave ao sucesso desse mesmo trabalho?
O que é mais difícil é sempre a parte mais básica da coisa
que é escrever piadas e criar humor. É o que dá mais trabalho e que obriga o
humorista a sofrer. Se o objetivo de fazer piadas boas for alcançado o resto
aparece de forma natural.
7 – Sempre soube que queria ser comediante?
Não porque quando era pequeno só o Herman e mais 2 ou 3 é
que viviam do humor. Era uma hipótese que nem sequer estava em cima da mesa mas
sempre fiquei fascinado com a arte de fazer rir. Lembro-me, com os meus 7, 8
anos de me rir com uma piada e depois ficar a pensar no porquê de me rir com
aquilo. Pode-se dizer que tentei fazer uma análise relativamente aprofundada à
piada e à reação que provocou em mim. Foi a primeira vez que vi o meu lado
neurótico a trabalhar. A segunda foi na adolescência quando vi as mamas da
Sabrina na tv.
Um agradecimento ao Hugo Sousa pela sua disponibilidade em responder a todas estas perguntas!
Deixo também a sua página para seguirem o seu trabalho
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