Jorge Freitas é um comunicador nato, Formador de comunicação ,Força motivacional e Treino de alta performance em comunicação.
Licenciado em Ciências da comunicação, várias especializações em Comunicação e Protocolo. Entre muitas outras qualidades e experiências, Jorge Freitas utiliza os canais de comunicação para treinar políticos, apresentadores entre outros.
Presenciei uma das suas palestras e fiquei maravilhado com a expressividade e tema que abordou, deste modo decidi entrevista-lo para conhecer um pouco mais sobre o seu trabalho e opinião.
Presenciei uma das suas palestras e fiquei maravilhado com a expressividade e tema que abordou, deste modo decidi entrevista-lo para conhecer um pouco mais sobre o seu trabalho e opinião.
O seu último livro de seu nome "Onde está o seu carisma?" tem esgotado , aproveitem, comprem e leiam o livro, cada ensinamento é uma mais valia para cada um de nós na nossa vida!
O que o levou a estudar o Carisma?
Talvez esta palavra seja a mais
difícil de definir no dicionário… eu trabalho com políticos há vários anos na
área da assessoria de imagem e de comunicação principalmente em períodos de
campanhas eleitorais. Sou muitas vezes confrontado com políticos não
carismáticos e a dada altura tive necessidade de entrar por esse caminho.
Descobrir como desenvolver carisma foi uma das minhas inquietações
profissionais. É certo que é mais difícil provocar o desenvolver carisma nos
outros do que provocar o desenvolvimento de técnicas de comunicação em público
nos outros.
Na sua opinião, como define Carisma?
É um conjunto de magias… a magia
da comunicação do nosso corpo, a magia de sermos quem somos e por fim a magia
que cada um porta em termos de atracção.
A palavra carisma ao longo da
história tem tido várias denotações e conotações também. Hoje está já ultrapassada a ideia de que uma
pessoa carismática era alguém tocada pelo divino, ora este pressuposto pouco
democrático, foi abandonado, surgindo estudos que revelam claramente que
qualquer pessoa tem a capacidade de desenvolver carisma, deixando assim de lado
a ideia de que só alguns conseguiam tal característica.
Segundo a sua experiência profissional e humana pensa que o tema
Carisma é pouco aproveitado ou mal trabalhado no nosso país?
Dada a sua subjectividade creio
que realmente o tema não seja fácil de ser trabalhado pelos especialistas na
área comportamental, mas a partir do momento em que se entra nos meandros do
carisma, não mais se para no estudo e investigação, porque no fundo é o estudo
mais puro do relacionamento humano e interpessoal. A história da humanidade é feita de carisma, o carisma dos
líderes que influenciaram os outros, que convenceram multidões a seguir
determinados caminhos. Em tempos mais remotos a importância que o carisma dos
chefes tribais tinha nos destinos e decisões tomadas por uma determinada
população. O carisma que génios humanos tinham em passar conhecimento e
provocar sabedoria. O carisma de figuras históricas que moldaram todas a
história da humanidade. O carisma de Júlio César, Jesus Cristo, Joana d´Arc,
Napoleão, Hitler, Gandhi, Churchill, entre tantos outros, que motivaram
pessoas, influenciaram comportamentos, no fundo deram rumo à história, uns por
motivos menos nobres outros seguramente por causas que ainda hoje as
defendemos. O carisma e a intrínseca capacidade de influenciar os outros são
armas poderosíssimas de um timoneiro. Durante muito tempo uns apenas remavam e
outros apenas lideravam, hoje a boa notícia, divulgada no meu livro, é que os
que sempre remaram, também podem liderar e chegar a timoneiros.
O Carisma de uma pessoa pode ser identificado através da escrita?
Claro que sim, há discursos
extraordinários que nos fazem reconhecer carisma através das palavras de quem
as escreve. Os heterónimos de Fernando Pessoa tinham diferentes carismas uns
dos outros. A escrita revela a alma e como tal está sujeita ao reconhecimento
de carisma.
Através da escrita podemos chegar
ao âmago do seu autor.
O Seu novo livro “Onde está o seu Carisma” tem “voado” das livrarias,
pensa que isto é um sinal que as pessoas estão cada vez mais inseguras de si
mesmas em relação a este assunto?
A humanidade sempre teve receios
e inseguranças, faz parte da história, está na génese.
O ser humano julga que no nosso
tempo é que as coisas são “mais” diferentes,
do que no passado, mas daqui a 50 anos as inquietações da humanidade
continuarão a existir. Os sentimentos e emoções serão exatamente as mesmas. Não
estamos mais inquietos do que os nossos avós estavam há muitos anos. A
insegurança nasce connosco no primeiro choro no nosso berço e vai
acompanhar-nos toda a vida. Os factores ambientais, externos, políticos,
sociais, tecnológicos é que vão mudando de figura.
O livro ajuda-nos a descobrir que
podemos desenvolver carisma em qualquer fase da nossa vida mesmo quando nos
sentimos mais seguros de nós próprios.
Pensa escrever outro livro brevemente sobre este ou outro assunto
relacionado?
Sim já estou a trabalhar no meu
terceiro livro, tendo como principal personagem o ser humano e a forma como
este se relaciona com os outros e como o mundo. O estudo do comportamento
humano é um autêntico labirinto, a partir do momento em que se entra nele, não
se quer nunca encontrar a saída, apenas se desejam pistas… para a felicidade de
se viver dentro do labirinto a vida toda.
Um agradecimento especial ao Senhor Jorge Freitas pelo tempo despendido para responder a todas estas questões!
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