1 Pedro Chagas Freitas escritor, representa a escrita criativa, uma maneira de escrever diferente, em que cada palavra parece encaixar na perfeição seja em que situação for. Um amante da escrita e sobretudo da expressão, lançou o livro " Prometo falhar ", até à data um sucesso, principalmente no público feminino.
1 - Como
começou o seu interesse por escrever “em forma” de blog?
Nunca escrevi em forma de blogue. Escrevi
sempre as minhas obras – e depois, sim, iniciei a sua partilha, em fragmentos.
Primeiro no meu blogue pessoal e posteriormente através do Facebook. Creio que
a Internet é um meio de divulgação fundamental para qualquer artista – e quis,
desde o começo, explorar esse meio.
2 2 - No
seu livro “Prometo Falhar”, podemos afirmar a presença de uma certa dor e
também tristeza em alguns dos textos, pode revelar se algo tem a ver com a sua
experiência pessoal?
Escrevo sempre o que me apetece e o que
sinto que a personagem que visto naquele momento está a sentir. Só assim faz
sentido. Sofro com cada uma das personagens, fico feliz com cada uma delas. É
um processo tremendo mas de uma felicidade indescritível. Só quando o autor
sente o que a personagem sente é que a escrita está a sair de onde tem de sair.
Se assim não for é algo artificial e o leitor sente essa artificialidade.
3 3 - Porque
decidiu escrever, de uma forma geral, para um público maioritariamente
feminino?
Não escrevo para nenhum público em
concreto. Escrevo o que me apetece. Sempre. É natural que tenha mais mulheres
como minhas leitoras mulheres são, esmagadoramente, as principais
consumidoras de obras de ficção, de romances, sobretudo. Mas o que eu escrevo
não tem destinatário. É o que me apetece: visitar as artérias de cada Eu, estar
lá, viver a realidade, vê-la à lupa. É isso o que me fascina.
4 4 - Como
experiente na área de escrita em blog, qual seria o melhor conselho que daria,
neste caso, aos “novos” escritores?
Não sou experiente em escrita para blogue,
como referi acima mas o que posso dizer é muito simples: escrevam. Escrevam
sempre. E depois vão à procura dos leitores. Um a um. Sem medo. Não se
preocupem tanto com editoras. Preocupem-se mais com leitores. Se tiverem
leitores não faltarão editoras interessadas no vosso trabalho.
5 5 - Sempre
foi o seu sonho ser escritor?
Não foi nem é não sou um escritor. Sou um
gajo que escreve cenas. Só isso. Escrever sempre esteve presente na minha vida.
Não como um sonho mas como uma necessidade. Ainda é assim: escrevo porque
tenho de escrever. Porque, sem escrever, não sou o mesmo. Não me identifico
comigo sem escrever.
6 6 - A
sua escrita tem uma fluidez fascinante, em que o leitor quer ler cada vez mais
e não consegue parar, essa forma de escrever foi treinada ou podemos assumir
que é algo inato que apenas lhe sai naturalmente?
O segredo para se escrever melhor não é
segredo nenhum: ler muito, escrever muito e comparar muito. É assim que se
evolui. Lendo os outros textos, escrevendo os nossos e comparando-os. Nunca
replicando, nunca copiando. Apenas procurando a nossa voz.
7 7 - Pode
revelar algum projeto num futuro a curto/médio prazo que nos possa falar?
Terei em breve o lançamento da minha próxima
obra literária e outras surpresas ainda este ano. Fiquem atentos.
Um agradecimento enorme ao Sr. Pedro Chagas Freitas pela sua disponibilidade e pela sua ajuda neste projeto!
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